Friday, January 29, 2021

Médicos curam males e aliviam dores frequentemente, Mas intervenções não ocorrem impunemente, Porque são, às vezes, intensas profundas. Se os olhos são janelas d’alma O coração é seu cofre, seu reduto E sentimento seu maior produto. Após a mexida segue-se a cura Seguida de grande paura. Paura de perda,de saudade. Saudade da mulher amada, Dos filhos queridos Dos amigos presentes, dos já idos. A revolução deflagra, exacerba amores, Pendores poéticos, estéticos valores. A emoção aflora, quero chorar. Quero rezar, viver, amar Chega de lero lero, Quero dançar um bolero PS. Aos médicos também reverenciar quero Agradecendo-lhes a perícia e o amor, Que Deus os ilumine Guiando-lhes as mãos que curam -- Carlos Alberto de Sá Freire

Friday, December 01, 2017

Abençoai Senhor Abençoai Senhor estes versos, que encantem humores diversos. Abençoai Senhor o sorriso da menina que vi na esquina, Que seja sempre um sorriso de menina Abençoai Senhor o sorriso da menina pro menino, Que ele soe como de amor um hino. Abençoai Senhor o pão, café e leite, Que tomo por vontade e deleite. Abençoai Senhor meu coração que vive de emoção, Abençoai Senhor a emoção, que me toca o coração, Abençoai Senhor a canção que toca a alma Que suavemente me acalma. Abençoai Senhor os homens, Que pensem na paz e aprendam como se faz. Abençoai Senhor a família, que nunca seja uma ilha, Mas uma entre infindas, unidas pelo amor de família. Abençoai Senhor minha mulher, filhos e netos Que me são diletos Abençoai Senhor o leitor paciente Que le meus versos por vezes tão diversos, Amem. 29/11/13 Betofreire

Monday, August 14, 2017

Pai Ser pai É sentir emoção no nascimento É amar cada momento, do nascer ao crescimento. É mais que ter filhos É alegrar-se na presença, mas sentir a ausência. É ser companheiro, amigo vigilante ainda que distante. É torcer pelo sucesso! E mais que apenas ter filhos, É acima de tudo amá-los Rio, 13/09/2017

Friday, July 07, 2017

Ouvi um pandeiro tocar, não um pandeiro qualquer, mas o pandeiro do Jorginho. Por momentos não soube se era o Pandeiro do Jorginho ou o Jorginho do pandeiro, pois Jorginho e pandeiro formavam um grande e divino som, único, indivisível. Jorginho e seu pandeiro eram a divina música do mestre do samba, do choro, de todo e qualquer ritmo que exista. Salve Jorginho figura humana exemplar em humor e caráter. Tive a honra de ser seu discípulo e o grande privilégio de poder eternizar lhe as mãos numa tela na qual pude homenageá-lo ainda em vida e em plena atividade. Obrigado grande homem pelo que fez pela música. Salve Jorginho, salve pandeiro, salve Jorginho do pandeiro! GRANDE MESTRE BRASILEIRO

Tuesday, June 20, 2017

MOMENTO de FELICIDADE

Monday, March 21, 2011

Retratos

Monday, January 11, 2010

Minha homenagem ao Zeca da Cuica















Um Senhor Zeca


Hoje ouvi o Zeca. Não um Zeca qualquer, mas o Senhor Zeca.
Zeca que extrai do instrumento simples a beleza mais pura de um choro sentido, doido, uma lágrima sonora. Zeca que acompanhando um chorinho de Pixinguinha consegue transcender a sonoridade esperada da cuíca em suspiros harmônicos a um só tempo suaves e firmes.
Ouvi o Zeca, a cuíca do Zeca, o Zeca da cuíca. A integração homem-instrumento é perfeita. Zeca e cuíca vibram na mesma intensidade, com a mesma freqüência que nos é impossível distinguir onde está o Zeca, onde fica a cuíca. Ambos, Zeca e cuíca, se fundem num ser vivo, dotado de extrema sensibilidade, harmonia, ritmo, pura sonoridade.
Sua figura negra, esguia e seu sorriso lembram-me a nobreza em toda a extensão da simplicidade que apenas os mais nobres possuem.
É uma bela imagem negra de chapéu preto, conjunto jeans, tamancos pretos e a divina cuíca a tiracolo. Zeca é música, ritmo que paira e nos envolve com beleza, paz, ternura. Zeca da cuíca ou a cuíca do Zeca toca-nos o fundo da alma e transporta-nos ao espaço além da dimensão cotidiana. Leva-nos ao infinito. Transporta-nos aos mais belos recantos do não sei onde da imaginação.
Viva Zeca, o da cuíca, deus negro da música, do ritmo, da harmonia.
Saúdo-te e me rendo à tua arte, bom Zeca da cuíca.


Carlos Alberto
Rio, 14/06/80